[[{"fid":"1555","view_mode":"teaser","fields":{"format":"teaser","field_file_image_alt_text[und][0][value]":"","field_file_image_title_text[und][0][value]":""},"type":"media","link_text":null,"attributes":{"height":337,"width":240,"class":"panopoly-image-quarter media-element file-teaser"}}]]A origem do nome Pernambuco esteve sempre ligada ao tupi. A soma dos termos paranã e buka, que significaria “buraco no mar” ou “mar furado”, é a versão mais aceita por pesquisadores, mas que agora passa a ser contestada na pesquisa do professor Jaques Ribemboim, do Departamento Economia UFRPE. Em seu mais novo livro, “Pernambuco de Fernão", o pesquisador afirma que a etimologia da palavra Pernambuco estaria ligada ao português, e não ao tupi.
No texto, o autor aborda a história do estado na primeira metade do século XVI, entre 1500 e 1550. Segundo Ribemboim, Fernão de Noronha “alugou” o Brasil diretamente ao rei de Portugal, Dom Manuel I, para a exploração do pau-brasil. A madeira era e extraída e exportada para toda a Europa, utilizando a mão-de-obra indígena na extração e transporte do produto até os navios que partiam para Portugal.
Segundo o pesquisador, os navios embarcavam a partir de onde hoje se localiza o Canal de Santa Cruz, que divide os municípios de Igarassu e Itamaracá, na costa pernambucana. E é aí que se encontraria nova interpretação. Na época, o canal chamava-se Boca de Fernão. Na língua dos índios, diz o autor, o fonema “f” era trocado por “p”. Daí que Fernão, na língua oral indígena, era pronunciado como “Pernão”.
Além disso, no tupi há uma inversão de palavras, em que o possuidor antecede a coisa possuída, como no inglês, por exemplo. Nesse sentido, a Boca de Fernão seria chamada de algo próximo a “Pernão Boca”, ou “Pernambuka”, que, na visão de Ribemboim, teria dado origem ao nome Pernambuco.
Diz o autor, que os franceses, numerosos na época (até mais que os portugueses), anotaram por séculos em seus mapas e documentos a grafia Fernambouc e o pau-brasil restaria conhecido por toda a Europa como "bois de fernambouc", isto é, "madeira de pernambuco".
“Causa-me espanto que por cinco séculos os historiadores tenham adotado a versão tupi para a origem da palavra Pernambuco, quando muito provavelmente o termo deriva do português”, afirma.
Mas esta não é a única novidade apresentada no livro que, como alega o autor: "aborda a história de Pernambuco de uma maneira diferente, como você nunca escutou...".
LANÇAMENTO
“Pernambuco de Fernão” será lançado no dia 25 de abril, no Boteco Porto Ferreira, que fica na Avenida Rui Barbosa, nº 458, no bairro das Graças, a partir das 19h. A comunidade universitária e os demais interessados são convidados a participar do lançamento. O preço do exemplar sai a R$ 30,00.