Por: Jailson da Paz,
Taxistas ou não, o áudio de uma voz masculina declarando “guerra” e falando em “banho de sangue” entre motorista de táxi e carros do aplicativo Uber em Olinda é fumaça a ser observada atentamente. Pela prefeitura em especial. Afinal, ao lado do bônus de ter o aplicativo como um dos patrocinadores do carnaval caminha o ônus da segurança. É regra do mercado, a que o município se submete há anos com a política do patrocínio. Dá-se por um lado - e o aplicativo entrou com uma cota de R$ 1,2 milhão -, recebe-se por outro. A permissão para os motoristas do Uber circularem no Sítio Histórico integra o pacote carnavalesco. Por isso, o anúncio da cobrança de identificação dos condutores nos pontos de bloqueios, montados com fiscais da prefeitura e do aplicativo. Passará quem estiver a serviço. Mas os bloqueios têm alcance limitado na questão segurança. Com a “guerra” anunciada, seja o áudio blefe ou não, e com agressões envolvendo taxistas e motoristas do aplicativo registradas na Região Metropolitana, a atenção do município e do estado deve ser redobrada, pois o folião não pode ficar refém de uma guerra em que não é parte.
Câmeras no Sertão
A violência muda o sistema de segurança no interior. Flores, a 384 quilômetros do Recife e com 22,5 mil habitantes, vai instalar 120 câmeras. Os equipamentos já chegaram à cidade. Entre as causas da medida está a explosão e assalto ao Banco do Brasil em agosto de 2017.
Agências explodidas
Se fizer escola, a decisão de Flores instalar câmeras após a explosão do Banco do Brasil será seguida por Taquaritinga do Norte, a 159 quilômetros da capital. Por dois motivos. Bandidos explodiram ontem o Banco do Brasil e o Bradesco de Taquaritinga.
Novas funções
Tem duas novas funções o muro da Estação Aeroporto do metrô, em Boa Viagem. Samambaias crescem entre as placas de concreto, formando um jardim suspenso. Louças velhas, a exemplo de pias de banheiro, são descartadas ao pé do muro.
Sem Cardozo
Janeiro terminou e a promessa do retorno da estátua do poeta e dramaturgo Joaquim Cardozo à Ponte Maurício de Nassau, no Centro do Recife, não se cumpriu. A estátua teve um braço quebrado e foi jogada ao chão em agosto de 2016.
Queixas da cidade
Os números da Ouvidoria Geral do Recife dizem muito das queixas dos habitantes da cidade. Das cerca de 31,5 mil reclamações recebidas em um ano, saúde, pagamento de taxas e impostos, mobilidade e controle urbano ocupam o topo do ranking.
Novo campus
Belo Jardim será a sétima cidade do estado a ter unidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O Conselho Nacional de Educação aprovou ontem o credenciamento da unidade, que terá quatro cursos de engenharia.
Cultura de paz
Entre as cidades mais violentas do estado, o Cabo de Santo Agostinho incluiu na grade curricular das escolas municipais o conteúdo de inteligência relacional de João Roberto de Araújo. Ele fala do tema hoje em Ponte dos Carvalhos, às 8h30, na Escola Manoel Davi.
Fachada histórica
A sede da Liga dos Proprietários da Vila São Miguel, em Afogados, deveria ser preservada pelo significado na luta pelo solo urbano no Recife. Foi o estatuto da liga, em 1931, o primeiro da cidade a falar na organização de moradores.