Câncer de mama em pets também é alvo de campanha
A cada ano, o Outubro Rosa Pet ganha maior adesão, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária
12 OUT 2020Por Vanessa Pimentel 09h25
Outubro é o mês escolhido para a realização da campanha de prevenção ao câncer de mama em humanos e também em animais. A cada ano, o Outubro Rosa Pet ganha maior adesão, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Em 2020, devido à covid-19, médicos-veterinários se uniram para fortalecer a campanha de um novo jeito: por meio das mídias sociais.
O coordenador da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Mama em Animais de Companhia será o professor Geovanni Dantas Cassali, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O evento on-line é gratuito e acontece do dia 26 a 29 de outubro de 2020, com palestrantes de todo o país. Mais informações podem ser encontradas no Instagram @outubrorosapet.
Nos animais, a identificação de possíveis tumores mamários ocorre também pela apalpação ao longo das duas cadeias mamárias. A avaliação pode ser feita em casa pelo tutor e, ao detectar algum nódulo ou aumento de volume, a recomendação é levar o pet ao veterinário para avaliação clínica e orientação sobre a melhor abordagem de diagnóstico e tratamento.
O médico-veterinário Andrigo Barboza de Nardi, autor do livro Quimioterapia Antineoplásica em Cães e Gatos (2008), alerta que "o diagnóstico e o tratamento precoce da lesão ainda é a melhor maneira de proporcionar um prognóstico e, para algumas pacientes, a possibilidade de conferir a cura do tumor".
O evento on-line é gratuito e acontece do dia 26 a 29 de outubro de 2020, com palestrantes de todo o país. Mais informações podem ser encontradas no Instagram @outubrorosapet.
Nos animais, a identificação de possíveis tumores mamários ocorre também pela apalpação ao longo das duas cadeias mamárias. A avaliação pode ser feita em casa pelo tutor e, ao detectar algum nódulo ou aumento de volume, a recomendação é levar o pet ao veterinário para avaliação clínica e orientação sobre a melhor abordagem de diagnóstico e tratamento.
O médico-veterinário Andrigo Barboza de Nardi, autor do livro Quimioterapia Antineoplásica em Cães e Gatos (2008), alerta que "o diagnóstico e o tratamento precoce da lesão ainda é a melhor maneira de proporcionar um prognóstico e, para algumas pacientes, a possibilidade de conferir a cura do tumor".
PREVENÇÃO
Segundo Nardi, a castração é uma das formas de prevenir os tumores de mama. Até então, se preconizava a castração antes do primeiro cio, mas a orientação mudou após trabalhos publicados nos últimos cinco anos citarem consequências indesejadas relacionadas com a castração precoce, como tendência à incontinência urinária na fase adulta, alterações comportamentais e favorecimento à obesidade.
Em cadelas de grande porte e gigantes podem ocorrer até alterações de desenvolvimento ósseo. "Por esses motivos, temos indicado a castração entre o primeiro e segundo clico estral [cio]", orienta o professor.
De acordo com a médica-veterinária Márcia de Figueiredo Pereira, a influência hormonal é um dos fatores de risco mais relevantes, por isso indica-se a castração como forma de prevenção.
Professora associada de Patologia, do Departamento de Medicina Veterinária, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Márcia lembra que a complexidade dos tumores mamários tem instigado pesquisadores a realizar estudos que contribuam com a redução de riscos de desenvolvimento e evolução da doença. Segundo a docente, o alto risco de morte coloca o câncer de mama em destaque, uma vez que muitos estudos têm demonstrado que a maioria dos tumores mamários em cadelas e gatas é maligno.
Diversos fatores de risco tem sido objeto de estudos, como idade, raça, dieta, obesidade e fatores hormonais, segundo a professora. "As cadelas acometidas têm geralmente entre 7 e 12 anos, enquanto, em gatas, as neoplasias são mais frequentes entre 10 e 11 anos de idade", afirma. Para ela, a dieta e a obesidade, especialmente em animais obesos desde o primeiro ano de vida, são fatores importantes que têm sido associados ao desenvolvimento de tumores mamários.
TRATAMENTO
Nardi explica que o tratamento mais apropriado ainda é o cirúrgico, especialmente quando está restrito à mama. Em casos de tumores malignos agressivos, de acordo com critérios e indicadores relevantes de malignidade, o profissional indica a realização de quimioterapia antineoplásica no pós-operatório, como tratamento complementar, na tentativa de melhorar o prognóstico e aumentar a sobrevida.
Como tratamento complementar, para Nardi as práticas integrativas são bem-vindas. "Vemos na prática que a acupuntura ajuda a reduzir a dor e manter o equilíbrio orgânico da paciente, até mesmo para que ela consiga tolerar de forma mais tranquila o tratamento convencional", explica.
A radioterapia também é uma opção, segundo ela, podendo ser indicada em alguns casos de tumores que não são operáveis. "Lesões muito grandes, que comprometem várias mamas, ao longo das duas cadeias mamárias e com infiltração na parede da cavidade abdominal, a radio pode ser uma opção".
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