Documento foi divulgado durante premiação em Paris que reconheceu, entre outros talentos, pesquisa realizada por uma jovem cientista brasileira
Rio de Janeiro, 04 de Abril de 2016 – A Fundação L’Oréal e a Unesco lançaram o Manifesto For Women in Science (Para Mulheres na Ciência), documento que visa alertar e engajar a comunidade científica e o público em geral sobre a sub-representação das mulheres na ciência e, por meio do seu engajamento, acelerar o ritmo de mudança deste cenário. Atualmente, apenas 30% destes profissionais são mulheres, em todo o mundo. Para apoiar esta causa, os interessados devem acessar o site http://www.paramulheresnaciencia.com.br/.
O anúncio do manifesto foi realizado em Paris por Jean-Paul Agon, presidente e CEO do Grupo L’Oréal e presidente da Fundação L’Oréal, e por Irina Bokova, diretora geral da Unesco, durante a cerimônia de entrega de dois prêmios que visam garantir a visibilidade de pesquisas conduzidas por cientistas mulheres em diversos países. Realizados de forma conjunta, enquanto o prêmio For Women in Science reconhece a carreira de importantes pesquisadoras, o International Rising Talents destaca relevantes pesquisas que estão sendo realizadas por jovens cientistas de cinco regiões globais.
Para Agon, o mundo está em transformação e nunca precisou tanto de mulheres e de suas descobertas. “Com esses prêmios, a Fundação L’Oréal está comprometida a promover mulheres na ciência que mudarão o mundo. Estamos determinados a lutar pela ciência e a construir um planeta mais belo, juntos”, afirmou. A brasileira Elisa Orth foi uma das vencedoras do prêmio International Rising Talents e representou o país e a América Latina entre os 15 jovens talentos selecionados.
Elisa foi reconhecida por conduzir um trabalho no Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde investiga soluções para eliminar e monitorar as substâncias nocivas usadas no cultivo de alimentos. Seu objetivo é, juntamente com sua equipe, encontrar maneiras de destruir os pesticidas tóxicos e alertar a presença deles nos alimentos por meio de sensores, utilizando nanocatalisadores e, desta forma, torná-los mais saudáveis e seguros, sem comprometer sua qualidade. “Amo o que faço. Na entrega do prêmio vi que estou no caminho certo, trabalhando com algo importante que pode beneficiar a humanidade e, principalmente, o Brasil. Desci do palco já pensando em metas científicas para quando voltar ao laboratório”, comemora.
Trabalho reconhecido no Brasil – Inscrições até 06 de maio
Em 2015, o trabalho de Elisa também recebeu destaque nacional, quando ela foi escolhida como uma das sete vencedoras do Prêmio L’Oréal-Unesco-ABC Para Mulheres na Ciência, pré-requisito para que ela também fosse reconhecida como International Rising Talents, este ano em Paris. Desde 2006, 68 cientistas brasileiras de diversas linhas de pesquisa, nas categorias de Ciências Biomédicas, Biológicas e da Saúde; Ciências Físicas; Ciências Matemáticas; e Ciências Químicas, já foram beneficiadas com o reconhecimento da relevância dos seus trabalhos e a distribuição de aproximadamente R$ 3.5 milhões em bolsas-auxílio. A 11ª edição do prêmio está com inscrições abertas até o dia 06 de maio, no site http://www.paramulheresnaciencia.com.br. No ano passado, mais de 400 pesquisas foram submetidas à avaliação por pesquisadoras de todo o país.
O anúncio das vencedoras está programado para ocorrer em agosto e a cerimônia de premiação deverá ser realizada em outubro, quando sete pesquisas serão premiadas com bolsa-auxílio de R$ 50 mil, cada uma. Com o prêmio, a empresa líder mundial em cosméticos reforça, a cada ano, sua crença de que as mulheres na ciência têm o poder de mudar o mundo. Mais detalhes sobre o regulamento no link http://goo.gl/vKwO3N.
MULHERES NA CIÊNCIA TÊM O PODER DE TRANSFORMAR O MUNDO
Sobre o For Women in Science
Lançado em 1998, o For Women in Science, fruto de parceria entre a Fundação L’Oréal e a UNESCO, foi o primeiro prêmio dedicado às cientistas mulheres em todo o mundo. A cada ano, cinco notáveis pesquisadoras, uma por continente, são laureadas no programa. Em 18 anos, 92 cientistas de diferentes continentes foram premiadas em cerimônias que acontecem anualmente, na França, em março, incluindo duas cientistas que posteriormente receberam o Prêmio Nobel.
Seis brasileiras já incluíram seus nomes no time de estrelas da ciência do prêmio internacional: Mayana Zatz (Genética - USP), em 2001; Lucia Previato (Microbiologia - UFRJ), em 2004; Belita Koiller (Física - UFRJ), em 2005; Beatriz Barbuy (Astrofísica - USP), em 2009; Marcia Barbosa (Física - UFRGS), em 2013; e Thaisa Bergmann (Física - UFRGS), em 2015. Além delas, duas brasileiras foram premiadas na categoria International Rising Talents: Carolina Horta (Ciências Químicas), em 2015, e Elisa Orth (Ciências Química), neste ano.
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