Associação renova acordo para usar cana melhorada sem pagar royalties

Publicado em: 12/08/2020 11:52 | Atualizado em: 12/08/2020 15:32

Os produtores vinculados à AFCP continuarão usando as melhores variedades de cana para região sem a cobrança de R$ 300 por hectare por mais cinco anos. (Foto: Pixabay)

A Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) renovou acordo com a Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), desenvolvedora de variedades de cana melhoradas geneticamente e mais utilizadas pelos agricultores do Nordeste. A parceria com a Ridesa permite o uso das variedades pelos sócios da AFCP por mais cinco anos, sem o pagamento de royalties. Assim, ao invés do pagamento de royalties de até R$ 300 por hectare pelo uso da cana melhorada geneticamente, como cobrado no centro-sul do Brasil, os produtores vinculados à AFCP continuarão usando as melhores variedades de cana para região sem essa cobrança por mais cinco anos. O acordo foi renovado por meio da Estação Experimental de Cana-de-Açúcar do Carpina, que pertence à Universidade Federal Rural (UFRPE).  

A parceria com a Ridesa permite a utilização das variedades da série RB, as quais estão mais adaptadas às questões hídricas, doenças e às pragas dos canaviais do Nordeste. A propriedade intelectual da RB é da Ridesa, como as séries RB 92579 e 041443, as mais utilizadas na região. De todas as variedades usadas nos canaviais pernambucanos na última safra, um relatório recente da Ridesa/UFRPE monstra que a RB 041443 atingiu 29% da prioridade no plantio de verão e 17% no plantio de inverno. O percentual é ainda maior quando contabilizada todas as variedades RB utilizadas na safra passada, alcançando 54% no verão e 44% no inverno.  Em relação à colheita, o quantitativo também foi amplo. Cravou em 50%. A perspectiva para a nova safra é de aumento. O indicador chega a 60%.

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