UFPE, UPE e UFRPE: veja como será a retomada das aulas
As aulas e atividades virtuais terão início nos meses de agosto e setembro
por Lara Tôrres qua, 29/07/2020 - 17:59
Reitores das universidades apresentaram os detalhes da retomadaJúlio Gomes/LeiaJáImagens
Importantes instituições de ensino de Pernambuco, a UPE, UFPE e UFRPE anunciaram a criação de Períodos Letivos Excepcionais (PLE) para a retomada das aulas de graduação de forma remota. Nessa terça-feira (28), detalhes foram passados à imprensa em uma entrevista coletiva que contou com a presença dos reitores das três instituições e também do professor e padre Pedro Rubens, reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
UFPE
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o semestre remoto será iniciado a partir do dia 17 de agosto, com três meses de duração, com a possibilidade de os estudantes cursarem até 300 horas/aula. Apenas os alunos que estiverem nos dois últimos semestres do curso poderão ter uma carga horária maior, com o objetivo de agilizar a formatura.
As atividades, de acordo com o reitor Alfredo Gomes, poderão ser realizadas tanto de forma simultânea à presença virtual do professor durante uma aula ao vivo, por exemplo (síncronas), como desenvolvidas em tempos diferentes (assíncronas). Para auxiliar os estudantes que têm dificuldades de conexão e acesso à internet e equipamentos eletrônicos, a Universidade recorrerá tanto a programas de locação e doação de equipamentos para alunos vulneráveis quanto ao programa do Ministério da Educação (MEC) para aquisição de pacotes de dados para alunos de universidades e institutos federais.
No que diz respeito às atividades práticas, o reitor afirmou que algumas delas, como estágios curriculares, ainda serão desenvolvidas, mas com os devidos cuidados de saúde para que não haja disseminação da Covid-19. “Atividade prática é fundamental na formação, algumas serão realizadas tendo em vista o processo de conclusão, mas dentro de um regramento muito rigoroso de distanciamento e EPI para respeito à vida e não transmissão”, declarou Alfredo.
Ainda de acordo com o reitor, as avaliações dos alunos serão realizadas, mas só serão incluídas no histórico escolar se o estudante tiver êxito. “Os estudantes serão avaliados e isso será incorporado na carga horária, mas se ele não se sentir confiante com o processo remoto, não participa, mas não contabiliza a disciplina (...) Sendo avaliado e tendo sucesso, será integralizado no curso dele normalmente”, disse Alfredo.
UPE
A Universidade de Pernambuco (UPE) terá seu período excepcional de 8 de setembro a 25 de novembro, com dez semanas de duração e 240 horas/aula em disciplinas teóricas. O semestre será optativo e o estudante que não conseguir acompanhar as aulas até o fim, desistir do semestre ou não for aprovado também não será punido nem terá registro em seu histórico.
De acordo com o reitor Pedro Falcão, durante o período de aulas remotas, assim como já vem acontecendo com as teses na pós-graduação, as orientações e defesas de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) serão feitas também de modo virtual, enquanto as avaliações se darão por meio de projetos, trabalhos e atividades on-line, preferivelmente assíncronas.
UFRPE
Assim como a UFPE, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) iniciará o semestre excepcional 2020.3 no dia 17 de agosto e irá até novembro. Haverá, ainda, o semestre 2020.4 com término em março. Os períodos excepcionais da UFRPE também serão ministrados de forma não obrigatória.
Além disso, a instituição de ensino anunciou o pagamento de um auxílio parcelado no valor de R$ 1.380 para 3 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica para aquisição de aparelhos eletrônicos com o objetivo de facilitar o acesso às aulas remotas.
De acordo com o reitor Marcelo Carneiro Leão, cada semestre excepcional terá dez semanas de duração, com foco em atividades assíncronas, uma vez que elas não exigem uma conexão de internet tão potente quanto as que são interativas, e as avaliações serão baseadas, assim como na UFPE, em projetos e trabalhos on-line.
Sobre atividades práticas, ele explicou que com exceção de situações de conclusão de curso, elas serão muito raras e os períodos excepcionais serão essencialmente focados em disciplinas teóricas. “As disciplinas ofertadas quase todas puderam ser adequadas à parte teórica. A não ser as de final de curso para ter a conclusão de curso pro aluno concluir, em situações raras. Por isso algumas não poderão ser ofertadas. A gente sabe que é um prejuízo, mas vai optar pela vida das pessoas”, afirmou o reitor.
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